
Respiro as dunas,
o vento leste que se arrasta na tarde.
A maré cheia
Sinto o pulsar dos peixes sôfregos
como os teus dedos cansados que correm como tornados
objectos de ti mesmo.
Molhados.
Canso a boca de te chamar
Em palavras mudas de silêncio
Doces amarguras vindas do mar.
Em ti.
2 comentários:
Leio-te
Agora sei que era a tua voz que me seguia
pelas esplanadas de cio
sem palavras
A voz do tempo onde
o silêncio se sente como agulhas
picando os lábios
lentas lâminas
cercando as tardes
e a fome
sempre a fome da tua poesia
o corpo subtil da palavra
pele impossível
desta manhã que arranco à alma das paredes
Leio-te
Muito lindo. E bela imagem. Sente-te. Ou, neste caso, senta-te (na bela praia).
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