8.18.2005

Nós Duas...


Keith Haring



Entre as duas não existiam barreiras... Entre elas e as palavras não existem momentos mudos...

Naquele dia, o forte sentimento de saudade ultrapassou milhas marítimas. O Oceano Atlântico, com toda a sua largura transformou-se numa ténue linha entre dois corações que, palpitantes, gritavam silenciosamente por notícias um do outro.

Pensara nela todo o dia (mais que nos outros dias); manifestara a sua preocupação devido à ausência de notícias a quem a reconhecia - já que poucos a conhecem – e, no silêncio da noite, rugiu no inesperado. Com um toque de tecnologia transportou-me à leitura dum reconfortante "ADORO-TE"!

Deleito-me com a cabeça na almofada enquanto ela salta efusivamente no fuso horário e adormeço, despreocupada, pensando:

Fazes-me falta... Mas espero que te encontres antes de me encontrares....


Sente-te...


(À Jane)

1 comentário:

trigolimpofarinh@mparo disse...

Assim como assim, só me ocorre esta malha, da qual excerto o que acho apropriado para comentar este sentido (e não fosse escrito por Xein) post.
Então aqui vai, com a ajuda do Palma.
Dá-lhe agora Palma, como só tu sabes fazer:
“Eram duas amigas desfolhando a sorte
Acenando os dotes que a vida lhes deu
Eram duas compinchas a tagarelar
Dispunham de tempo e espaço
O limite era o céu.
Eram duas amigas
Eram unha com carne
Semeando os gestos ao deus dará
Eram protagonistas nos retratos
Entre um decote mais ousado
E um golo de chá
[…]
Eram duas amigas
Entretendo o tempo, tecendo muros de papel
Eram duas comadres desconversando
Perdidas no traço fino
Entre o fel e o mel
Eram duas amigas
Ecoando ao fundo
No centro do Mundo, onde eu morei
Eram dois segundos de concentração
Vestidos de cores que eu nunca mais descreverei…”
… Simplesmente digo: são duas amigas, o que mais escreverei?!?

Beijos de 7 minutos e meio mais uns beijos inter-atlânticos.