12.23.2007

vento



Não gosto de vento, mas há algo que me atrai em ver as coisas a pairar no ar. Há algo que me atrai na palavra vento e que me trás sempre boas memórias. Não gosto de vento, do assobio que faz debaixo da porta, nas janelas; mas é esta palavra melodiosa que me trás recordações. Gosto de acreditar que o vento sopra para nos preencher a alma, plena de correntes de ar de positivismo! Não gosto de vento, mas gosto de velas cheias a preencher os rios. Gosto de saber do vento e de que lado sopra. Se é Leste, eu gosto! Não gosto de vento, mas gosto de cata-ventos em altos telhados. Eu, não gosto de vento, mas adoro poder pensar que ando às voltas com ele, enquanto vôo pela vida!


If you want to ride with me, Close your eyes and dream

We can ride forever baby, the wind it calls your name

We will never turn around, we'll take it to the end

The wind it is forever, I know because I've been

In the wind


2 comentários:

J disse...

Já não vou a tempo do Natal, mas desejo que 2008 seja um ano pleno de sonhos realizados! Beijinhos grandes*

Anónimo disse...

Realmente tens razão! Há algo de mágico no VENTO... Se pensarmos o vento passa por muitas coisas e pessoas no seu caminho, e é sempre o mesmo vento... Se pelo menos o vento falasse...


"E o vento continua
devorando a noite
ali está real e imutável
dentro dele a música dos ramos

Quando o vento chega
expande sonoridades
desfolhando o seu corpo
o vento ondeia os ramos
o corpo do vento envolve
e encurva,
estende.
Amado corpo
abstratas e concretas suas folhas
derramam-se sinuosas
numa cascata de vento dentro do bosque.
Eu danço e tu?
soa, baila, assobia, canta,
entre as árvores
nasce como um fruto
nasce como uma criança
as suas risadas tem o ritmo
da água na pedra
antes doce quase monótona
depois forte e plena de ressonâncias."

Márcia Theóphilo, 2000