1.22.2008

.vida.

Palavras fortes como armas, palavras fortes como o Amor, palavras serenas estilo ZEN...


A magnificiência das palavras escritas deve ter sempre origem no que se sente de mais profundo: do mais demoníaco ao mais sensível... Aqui, se retrata a origem da vida, a que prevalece do lado esquerdo do peito :






A VIDA

O que adoro em ti
Não é tua beleza
A beleza, é em nós que ela existe.
A beleza é um conceito.
E a beleza é triste,
Não é triste em si,
Mas pelo que há nela de fragilidade e de incerteza.

O que eu adoro em ti,
Não é a tua inteligência.
Não é o teu espírito subtil,
Tão ágil, tão luminoso,
Nem é tua ciência
Do coração dos homens e das coisas.

O que eu adoro em ti
Não é tua graça musical,
Sucessiva e renovada a cada momento,
Graça aérea como o teu próprio pensamento,
Graça que perturba e que satisfaz.

O que eu adoro em tua natureza,
Não é o profundo instinto paternal
Em teu flanco aberto como uma ferida.
Nem tua pureza
Nem tua impureza
O que eu adoro em ti
Lastima-me e consola-me!
O que eu adoro em ti é a vida!



1 comentário:

Anónimo disse...

Não sei o que se passa comigo mas só me apetece comentar as fotografias que se publicam hoje em dia em determinados blogs... aiai...